Ensuciar el cine y las buenas costumbres. Una lectura queer de "Diapasón" de Jorge Polaco en el marco de la recuperación democrática

Resumo

Este artigo analisa o primeiro longa-metragem de Jorge Polaco, Diapasón (1986), a partir de uma perspectiva queer e sexo-dissidente, no contexto do cinema argentino do pós-ditadura. Embora a homossexualidade não seja abordada como tema central, propomos que o filme buscou corroer e sujar a heterossexualidade entendida como um regime político, junto com suas instituições mais importantes, como a família e a moral. Da mesma forma, a busca formal antirrealista (camp e barroca) e a tematização da sujeira da cidade, bem como a violência implicada em sua higienização, permitem analisá-lo a partir de uma perspectiva queer. O filme, portanto, revela, tanto tematicamente quanto formalmente, a cisão que separa o normal do anormal. Por meio de sua alusão ao passado ditatorial, expõe o plano de extermínio como uma maquinaria antropológica que não apenas limpa a sujeira do social, mas também as impurezas da sexualidade