Memória e desconstrução da experiência militante feminina dos anos setenta a partir da análise do filme Norma Arrostito, Gaby, la Montonera (2008) de Luis César D'Angiolillo.

Resumo

Neste artigo analiso a memória produzida sobre a trajetória de Norma Arrostito no filme Norma Arrostito, Gaby, la Montonera (2008). Diferentemente de outros trabalhos que estudam os processos de figuração do papel da mulher em contextos de violência política e de ruptura da ordem estabelecida, proponho examinar a construção da memória a partir do cinema, uma vez que foi a partir da sua memória que as mulheres militantes conseguiram expandir a sua margens de representação além dos papéis de mãe e esposa. Proporei regressar à noção de “personalidade” de Linda Nochlin e ao conceito de “erotismo” de Audre Lorde para situar a experiência da militância feminina num novo espaço semântico.